Conselhos e ESG: estratégia para negócios sustentáveis

Nos últimos anos, a sustentabilidade e os critérios ESG (Ambiental, Social e Governança) tornaram-se centrais para a estratégia das organizações. À medida que investidores, reguladores e outras partes interessadas exigem maior transparência e ação, os conselhos de administração e de gestão desempenham um papel crítico na supervisão dessas questões. O guia “Sustainability and ESG oversight: the corporate director’s guide” ¹, publicado em março de 2024 pelo Governance Insights Center da PwC, oferece percepções valiosas, para todos os portes de organização, sobre como os conselhos podem liderar essa transformação. 

Por que a Sustentabilidade e o ESG importam?

A sustentabilidade não é mais um tema periférico; ela está intrinsecamente ligada à criação de valor a médio e longo prazo. Segundo o relatório:

✔ 78% dos investidores acreditam que as empresas devem integrar o ESG diretamente à estratégia.
✔ 54% dos diretores veem o ESG vinculado à estratégia de suas organizações.

Existe uma desconexão entre expectativas e realidade, que reforça a necessidade de uma abordagem mais estruturada por parte dos conselhos.

Desafios e Oportunidades para os Conselhos

1. Compreendendo o Cenário da Sustentabilidade.
Os conselhos precisam estar atentos a três dimensões principais:

  • Investidores: Cada vez mais, utilizam critérios ESG para avaliar riscos e oportunidades;
  • Partes interessadas: Clientes, funcionários e comunidades pressionam por práticas sustentáveis;
  • Reguladores: Novas regulamentações, práticas recomendadas e medidas – CVM, ABNT e B3 – estão redefinindo o cenário.

2. O Papel do Conselho na Supervisão ESG.
Áreas-chave onde os conselhos devem focar:

  • Estratégia e Propósito: Alinhar a sustentabilidade aos objetivos de médio e longo prazo da organização;
  • Gestão de Riscos: Identificar e mitigar riscos ESG, integrando-os ao processo de Gestão de Riscos Corporativos (GRC);
  • Divulgações: Garantir transparência e precisão nas informações divulgadas, seguindo padrões estabelecidos referente a regulamentações, práticas recomendadas e medidas – CVM, ABNT e B3;
  • Remuneração Executiva: Vincular incentivos a metas de sustentabilidade para alinhar interesses.

3. Estruturas de Governança Eficazes.
A supervisão da sustentabilidade deve ser distribuída entre comitês especializados:

  • Conselho Pleno: Estratégia e alinhamento com o propósito;
  • Comitê de Auditoria: Controles e divulgações;
  • Comitê de Remuneração: Incentivos vinculados a métricas ESG;
  • Comitê de Governança: Engajamento com partes interessadas e composição do conselho.

Premissas Importantes

1. Priorizar a Educação: Diretores devem se capacitar sobre temas ESG para tomar decisões informadas.

2. Definir Metas Claras: Estabelecer marcos mensuráveis e monitorar o progresso.

3. Engajar Partes Interessadas: Ouvir investidores, funcionários e comunidades para entender expectativas.

4. Preparar-se para Regulamentações: Antecipar requisitos de divulgação e garantir conformidade com regulamentações, práticas recomendadas e medidas.

As organizações de todos os portes estão cada vez mais conscientes de que a sustentabilidade não é apenas uma questão de conformidade, mas uma oportunidade estratégica. Organizações que integrarem ESG em seu núcleo estarão melhor posicionadas para atrair capital, reter talentos e construir resiliência. Os conselhos têm um papel fundamental nessa jornada, garantindo que a sustentabilidade seja tratada com a mesma seriedade que as finanças e as operações.

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✍ Adriano Motta.

¹ Extraído, inspirado e adaptado do conteúdo Governance Insights Center ESG Series  PwC: “Sustainability and ESG oversight: the corporate director’s guide” – March 2024


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