Percepções Sustentay  – 19/07/2025

Percepções Sustentay apresenta notas rápidas e variadas sobre governança, estratégia, sustentabilidade, tecnologia e equilíbrio. São pequenas notícias que, juntas, constroem um panorama abrangente de ideias, insights, informações e observações relevantes. Hoje os retalhos de percepções abordam: Amazônia: primeiro semestre de 2025 tem crescimento de 27% no desmatamento; Brasil: startup desenvolve tecnologia com IA com foco em riscos climáticos; Rio de Janeiro quer se tornar um hub de IA no Brasil; Ghostworking: três em cada cinco profissionais planejam buscar um novo emprego este ano — muitos deles, durante o horário de trabalho ; e Pesquisa da KPMG indica tendência de metas ESG impactarem rendimentos de lideranças em empresas de capital aberto.

Pesquisa da KPMG indica tendência de metas ESG impactarem rendimentos de lideranças em empresas de capital aberto

Uma pesquisa da KPMG, que analisou 375 companhias de 15 países, revela uma tendência crescente de atrelar objetivos ligados a mudanças climáticas e diversidade ao bônus e à participação nos lucros dos cargos de liderança. Segundo o estudo, metas de sustentabilidade já impactam o salário de executivos em 78% das empresas de capital aberto. Entre as empresas que adotam metas sustentáveis, 37% aplicam os critérios tanto para bônus de curto quanto de longo prazo; 23%, apenas no longo prazo; e 40%, no curto prazo. Para garantir que essas metas não fiquem apenas no discurso, as empresas precisam estabelecer critérios claros e mensuráveis. Os relatórios de sustentabilidade são uma das principais ferramentas para acompanhar os resultados. Os critérios de medição variam conforme o objetivo — e podem abranger dados quantitativos (como emissões ou índices de diversidade) e qualitativos, como avaliações de impacto social. Segundo a pesquisa, 88% das companhias que adotam esse modelo alinham suas metas a temas ESG (ambientais, sociais e de governança). Mais do que uma resposta à pressão social ou de mercado, a tendência reflete estratégias concretas de mitigação de riscos e geração de valor sustentável.

Ghostworking: três em cada cinco profissionais planejam buscar um novo emprego este ano — muitos deles, durante o horário de trabalho

Essa tendência, conhecida como “ghostworking”, mostra até onde os profissionais vão para manter suas opções abertas em um mercado de trabalho incerto. O relatório Work Change 2025 do LinkedIn reforça essa realidade: quase três em cada cinco profissionais no mundo planejam buscar um novo emprego este ano — muitos deles, durante o horário de trabalho. A pesquisa mostrou que 92% dos profissionais estão buscando emprego durante o expediente, comportamento que escanda uma mudança silenciosa, mas profunda, nas dinâmicas do trabalho contemporâneo. Conhecido como ghostworking , o fenômeno vai além da simples desmotivação: ele revela um desalinhamento entre propósito, reconhecimento e modelo de gestão. Para os funcionários, o ghostworking funciona como um sinal de alerta. Não adianta apenas fortalecer o controle ou vigilância, é preciso oferecer trilhas de crescimento, cultura de escuta e um ambiente que valorize mais do que o “parecer ocupado”. Em um mundo não qual o vínculo com o trabalho se torna cada vez mais “flexível”, o engajamento real passa a ser o verdadeiro diferencial competitivo.

Rio de Janeiro quer se tornar um hub de IA no Brasil

O governo estadual do Rio de Janeiro lançou um plano para transformar o estado em polo global de IA até 2030. Investimentos públicos, parcerias internacionais e até uma legislação específica fazem parte do pacote. O plano inclui a criação de um polo de IA na UFRJ, um centro de dados soberano, incentivo a startups e atração de big techs. Já há acordo com a Universidade de Stanford, conversa com o MIT, negociações com empresas do setor e foco declarado em “IA ética, segura e acessível” e tem R$ 100 milhões iniciais para sair do papel. O detalhe é o timing, o Rio quer usar IA para impulsionar segurança pública, saúde, educação e meio ambiente. Ao mesmo tempo, busca regular o uso da tecnologia antes que ela seja imposta de fora pra dentro, como já acontece com redes sociais e plataformas de e-commerce.

Brasil: startup desenvolve tecnologia com IA com foco em riscos climáticos

A startup MeteoIA desenvolveu uma tecnologia que usa inteligência artificial para prever as oscilações do clima e permitir que empresas e instituições se preparem para os riscos climáticos. Modelo da MeteoIA antecipa riscos e ajuda empresas a se proteger dos impactos das mudanças climáticas; Motiva (ex-CCR) e Natura já são clientes. Chamado MIA, o sistema de modelagem é o primeiro desse tipo a chegar às prateleiras do mercado. Primeiro a MeteoIA mapeia como o clima afeta as operações do cliente. Essa informação é somada a análises de séries históricas e outros dados atmosféricos relevantes para o desenvolvimento de modelos personalizados. O uso de computadores para projeções climáticas não é novidade. O diferencial está na aplicação da IA, que proporciona alta resolução, mais rapidez e menor custo. O sistema foi desenvolvido por Thomas Martin e Gabriel Perez, que fundaram a startup em 2018, e pode ser utilizado em diferentes setores, desde agronegócio e energia a transporte e seguros.

Amazônia: primeiro semestre de 2025 tem crescimento de 27% no desmatamento

O desmatamento na Amazônia cresceu 27% no primeiro semestre de 2025 em comparação ao mesmo período do ano passado, segundos dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo sistema Deter, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Foram registrados 2.090,3 km² sob alerta de desmate no bioma, frente aos 1.644,9 km² em 2024. No cerrado, em contrapartida, o desmate caiu 10%, ainda que o nível de devastação continue elevado. Apesar do crescimento semestral, os dados de junho indicaram relativa estabilidade. Na Amazônia, os alertas caíram 0,8% em relação a junho de 2024, enquanto no cerrado a queda foi de 23%. O governo federal aponta os incêndios entre agosto e outubro do ano passado como um fator determinante no aumento da destruição amazônica atual, agravado por uma seca extrema e mudanças climáticas globais.

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Extraído, inspirado e adaptado de conteúdo da Internet

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