Percepções Sustentay – 02/08/2025
agosto 2, 2025
Percepções Sustentay apresenta notas rápidas e variadas sobre governança, estratégia, sustentabilidade, tecnologia e equilíbrio. São pequenas notícias que, juntas, constroem um panorama abrangente de ideias, insights, informações e observações relevantes. Hoje os retalhos de percepções abordam: Sustentabilidade: futuro desafiador; Pesquisa: população ainda prefere contrato CLT; Planos de redução de emissões de carbono; Relatório da Microsoft revela a rotina exaustiva dos trabalhadores; e Relatórios de sustentabilidade se tornam vantagem competitiva.
Sustentabilidade: futuro desafiador
Aos 75 anos, o britânico John Elkington, “pai da sustentabilidade”, que criou o conhecido “Triple Bottom Line” em 1990, em entrevista à EXAME, alertou para o contexto geopolítico de retrocessos e vê o Brasil com ‘futuro fantástico’, mas com desafios a poucos meses da COP30. Ele afirmou que ‘Negacionismo nos prepara para uma crise muito maior’. O conceito “Triple Bottom Line” revolucionou o desempenho de empresas ao aliar três pilares: social (pessoas), ambiental (planeta) e econômico (lucro). Em 2004, o termo evoluiu para ESG e evoluiu para governança corporativa. Para John, o mundo está caminhando para um cenário ainda mais dramático do que as mudanças climáticas já anunciadas. O contexto geopolítico global é de rejeição da ciência e com os retrocessos “Estamos nos preparando para um conjunto desafiador de uma série de crises ao redor de uma crise muito maior”. Para driblar a tripla crise planetária, o cientista acredita na educação como um investimento único e o mais importante em qualquer sociedade. Escrevendo seu 22º livro afirma que a educação é chave “Não só para os jovens, como também para reeducar as pessoas mais velhas para serem menos conservadoras e mais interessadas no futuro”. Entre suas obras renomadas, estão “O Guia do Consumidor Verde”, “Canibais de Garfo e Facas (que apresentou o Triple Bottom Line) e “Cisnes Verdes: a explosão do capitalismo regenerativo”. Acesse a matéria completa em John Elkington, pai da sustentabilidade: ‘Negacionismo nos prepara para uma crise muito maior‘
Pesquisa: população ainda prefere contrato CLT
Uma pesquisa do DATAFOLHA de julho deste ano mostra que 67% da população ainda prefere o contrato CLT. Entretanto, ocorreu um recuo: em comparação com a pesquisa anterior, realizada em dezembro de 2022, o modelo de trabalho mais tradicional foi a escolha de 77%. Já, 31% têm preferência pelo trabalho sem carteira assinada, mas com remuneração maior e, uma fração de 2% não opinou. Na comparação por segmento, observam-se maiores quedas entre os que têm 16 a 24 anos (de 82% para atuais 66%) e entre os mais instruídos (de 75% para atuais 59%). Se compararmos a mesma vaga, o salário de uma pessoa jurídica é maior do que o de uma pessoa com carteira assinada. Porém, as empresas não costumam disponibilizar nenhum tipo de vale refeição, alimentação, INSS e FGTS na modalidade PJ. Importante ressaltar que 59% avaliam ser melhor trabalhar por conta própria. Acesse a matéria completa em Preferência pelo trabalho com carteira assinada recua de 77% para 67%.
Relatórios de sustentabilidade se tornam vantagem competitiva
Uma pesquisa recente da Workiva revelou que 83% dos executivos brasileiros acreditam que os relatórios de sustentabilidade serão uma vantagem competitiva essencial nos próximos dois anos . O dado reforça a crescente valorização da integração entre desempenho financeiro e práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) nas estratégias corporativas. Nove entre dez líderes empresariais ouvidos no estudo afirmam que essa integração é útil para identificar oportunidades de negócio. Ainda assim, mais da metade dos entrevistados expressa preocupação com a qualidade dos dados, apontando que muitos relatórios ainda são imprecisos, incompletos ou inconsistentes . O levantamento reuniu 1,6 mil líderes corporativos no Brasil, México, Austrália e Holanda e destaca um ponto-chave: o ESG está deixando de ser discurso, se consolidando como um ativo estratégico para o crescimento sustentável das empresas.
Relatório da Microsoft revela a rotina exaustiva dos trabalhadores
Segundo o relatório ‘Repensando a jornada de trabalho infinita’ da Microsoft divulgado em junho, 40% dos profissionais já checam e-mails às 6h, 57% das reuniões não são agendadas e a jornada ultrapassa as 22h, destruição de exaustão e a necessidade de mudanças. O relatório revela uma jornada de trabalho que ultrapassa o horário comercial e chega até os fins de semana. Ele foi baseado nos sinais de produtividade dos usuários do Microsoft 365, incluindo Outlook, Teams, Excel e PowerPoint, entre janeiro e fevereiro de 2025. Além disso, o relatório cita uma pesquisa global feita com 31 mil profissionais do conhecimento, em 31 países, para entender a percepção desses trabalhadores sobre esse ritmo exaustivo. Os dados revelam uma “jornada de trabalho infinita”, sem hora certa para começar ou terminar. Às 6h da manhã, 40% dos usuários do Microsoft 365 já conferem seus e-mails. Para muitos, o expediente vai longe: o número de reuniões que começam depois das 20h subiu 16% em relação ao ano passado. O relatório também mostra que o trabalhador médio recebe ou envia mais de 50 mensagens fora do horário comercial. Quase 1/3 dos profissionais ainda está ativo às 22h. No dia a dia, o excesso de informações e a falta de organização dificultam o foco. Cada profissional recebe, em média, 117 e-mails diários, muitos enviados em massa, com mais de 20 destinatários e pouco valor prático.
Amazônia: primeiro semestre de 2025 tem crescimento de 27% no desmatamento
O desmatamento na Amazônia cresceu 27% no primeiro semestre de 2025 em comparação ao mesmo período do ano passado, segundos dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo sistema Deter, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Foram registrados 2.090,3 km² sob alerta de desmate no bioma, frente aos 1.644,9 km² em 2024. No cerrado, em contrapartida, o desmate caiu 10%, ainda que o nível de devastação continue elevado. Apesar do crescimento semestral, os dados de junho indicaram relativa estabilidade. Na Amazônia, os alertas caíram 0,8% em relação a junho de 2024, enquanto no cerrado a queda foi de 23%. O governo federal aponta os incêndios entre agosto e outubro do ano passado como um fator determinante no aumento da destruição amazônica atual, agravado por uma seca extrema e mudanças climáticas globais.
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Extraído, inspirado e adaptado de conteúdo da Internet
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