Percepções Sustentay – 26/07/2025
julho 26, 2025
Percepções Sustentay apresenta notas rápidas e variadas sobre governança, estratégia, sustentabilidade, tecnologia e equilíbrio. São pequenas notícias que, juntas, constroem um panorama abrangente de ideias, insights, informações e observações relevantes. Hoje os retalhos de percepções abordam: Brasil: mulheres lideram o uso de ferramentas de IA generativa; Normas internacionais de sustentabilidade: Vale publica primeiro relatório com base nas normas internacionais IFRS S1 e S2; O custo da desinformação para as organizações; Empresa reaproveita baterias de veículos elétricos para criar microrredes móveis de energia renovável; e Corte Internacional de Justiça: mudanças climáticas são “ameaça urgente e existencial”.
Brasil: mulheres lideram o uso de ferramentas de IA generativa
A pesquisa “Transformação Digital nos Pequenos Negócios 2025”, do Sebrae, que revelou uma participação expressiva de mulheres no uso da tecnologia, liderando o uso de ferramentas de IA generativa , como assistentes virtuais e editores de imagem com inteligência artificial. De acordo com o estudo, 44% dos empreendedores entrevistados, entre homens e mulheres, dizem já ter utilizado algum tipo de IA. Mas, ao detalhar o uso de plataformas específicas, os dados ganham força entre o público feminino e revelam o protagonismo das mulheres em diversas frentes. Os aplicativos que otimizam fotos, por exemplo, são usados por 60% das empreendedoras, contra 48% dos empreendedores. Já ferramentas de textos gerados por IA, como ChatGPT e Gemini, são adotadas por 57% das mulheres e 47% dos homens. As mulheres brasileiras à frente de negócios também dominam os assistentes virtuais (61%, contra 53% dos homens) e programas de reconhecimento facial (79%, frente a 75% dos empreendedores). A pesquisa mostra que a adoção da IA também está ligada a outros fatores como escolaridade. Empreendedores com ensino superior (60%) e pós-graduação (75%) lideram o uso das ferramentas. A IA é cada vez mais acessível, e saber utilizá-la, independentemente da área de atuação, é hoje uma competência estratégica.
Normas internacionais de sustentabilidade: Vale publica primeiro relatório com base nas normas internacionais IFRS S1 e S2.
A publicação pela Vale do primeiro relatório desenvolvido com base nas normas internacionais IFRS S1 e S2, do International Sustainability Standards Board (ISSB), marca um novo momento para a divulgação de informações financeiras associadas à sustentabilidade e aos efeitos dos impactos climáticos nos negócios. O documento, lançado pela mineradora Vale no fim de junho, antecipa uma exigência que deve se tornar realidade para empresas de capital aberto no Brasil a partir de 2027, com dados relativos a 2026, em conformidade com a Resolução 193/2023 , publicada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As normas S1 e S2 trazem uma padronização para os relatórios financeiros que até então não existiam, além de ter como foco a comparabilidade de informações ambientais, sociais e de governança que impactam a saúde financeira das companhias, com atenção especial à transparência sobre riscos climáticos, amplia a responsabilidade corporativa, ao exigir que os efeitos da sustentabilidade sobre o desempenho financeiro sejam demonstrados com a mesma qualidade dos demonstrativos contábeis tradicionais.
O custo da desinformação para as organizações
A desinformação pode causar enormes danos financeiros e de reputação, levando a quedas nos preços das ações, perdas de receita e desconfiança do consumidor. Um estudo conduzido pelo professor Roberto Cavazos na Universidade de Baltimore, em colaboração com a empresa de segurança cibernética CHEQ , estimou que o prejuízo financeiro total é de cerca de US$ 78 bilhões por ano em todo o mundo. Atualmente, falsidades impulsionadas pela IA se espalham mais rápido e amplamente do que nunca, levando o Fórum Econômico Mundial a classificar a desinformação como um dos maiores riscos globais para 2025. Com a confiança se tornando um ativo corporativo essencial, as organizações precisam investir em detecção precoce, estratégias de comunicação de crise, educação digital e parcerias público-privadas para combater a desinformação.
Empresa reaproveita baterias de veículos elétricos para criar microrredes móveis de energia renovável
A Redwood Materials, empresa especializada em reciclagem de baterias, lançou uma nova divisão, a Redwood Energy, que reutiliza baterias de veículos elétricos para criar microrredes móveis de energia renovável, como a solar, fornecendo eletricidade para data centers de IA. Este modelo de armazenamento de energia não oferece apenas uma alternativa mais barata em comparação com as usinas tradicionais, mas também tem o potencial de reduzir as emissões de carbono, já que pode operar com uma combinação de energia solar e, ocasionalmente, gás natural. A empresa acredita que este modelo é uma solução de menor custo para data centers e planeja expandir significativamente suas operações. Uma das principais vantagens dessa abordagem é o baixo custo, já que as baterias usadas, retiradas de veículos elétricos, são mais baratas do que as novas. Além disso, a energia gerada por microrredes pode ser direcionada para empresas ou comunidades, sendo especialmente útil para data centers, que possuem um grande apetite energético. A empresa afirmou que seu primeiro microrrede é capaz de gerar 64 megawatts-hora de eletricidade, o suficiente para alimentar a Crusoé, uma mineradora de criptomoedas que utiliza a energia para seus data centers de IA, um dos setores com maior consumo de energia. Os benefícios desse modelo incluem a redução significativa de emissões de dióxido de carbono, uma vez que, se utilizado para abastecer data centers de IA, poderia evitar até 400 milhões de toneladas de CO2 em comparação com usinas movidas a gás natural.
Corte Internacional de Justiça: mudanças climáticas são “ameaça urgente e existencial”
A Corte Internacional de Justiça, principal órgão judicial da ONU, declarou as mudanças climáticas como uma “ameaça urgente e existencial”. Em parecer histórico, o tribunal concluiu que o descumprimento de obrigações na proteção do planeta constitui um “ato ilícito internacional” . A decisão abre caminho para pedidos — e eventual pagamento — de reparações a países afetados. Especialistas afirmam que a decisão terá impacto jurídico e político. Organizações climáticas e de direitos humanos classificaram o parecer como “histórico” por estabelecer que o Estados têm obrigações jurídicas de proteger o clima e cumprir seus compromissos assumidos, entre eles os de descarbonização, conhecidas omo Contribuições Nacionalmente Determinadas (as NDCs). O documento diz que os tratados criam essas obrigações, como o Acordo de Paris, Protocolo de Quioto, Convenção do Mar, Protocolo de Montreal e Convenção da Biodiversidade. No caso das NDCs, o Tribunal entende que, embora haja certo grau de discricionariedade por parte dos países na formulação de seus comopromissos, essa liberdade é limitada. Diz que elas devem ser “sucessivas e progressivas”. Para o juiz Iwasawa, os Estados são obrigados a agir com a devida diligência e assegurar que estejam em conformidade com as obrigações previstas no Acordo de Paris.
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Extraído, inspirado e adaptado de conteúdo da Internet
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