Percepções Sustentay  – 04/10/2025

Percepções Sustentay apresenta notas rápidas e variadas sobre governança, estratégia, sustentabilidade, tecnologia e equilíbrio. São pequenas notícias que, juntas, constroem um panorama abrangente de ideias, insights, informações e observações relevantes. Hoje os retalhos de percepções abordam: O teste de realidade para o hidrogênio verde; Brasil: estudo revela que independência é motor do empreendedorismo; Plano para integrar os mercados de carbono do mundo; Somente 4 dos 10 maiores emissores globais entregaram metas climáticas; e Escassez de especialistas em inteligência artificial preocupa executivos no Brasil e no mundo.

Escassez de especialistas em inteligência artificial preocupa executivos no Brasil e no mundo

Com a rápida expansão da inteligência artificial generativa nos negócios, a escassez de profissionais especializados tornou-se um gargalo global. Segundo uma nova pesquisa da consultoria global de gestão Bain & Company, que entrevistou profissionais dos Estados Unidos, Alemanha, Índia, Reino Unido e Austrália, 44% dos líderes corporativos afirmam que a limitação de expertise interna já atrasa a adoção da tecnologia em suas empresas. Essa também é a realidade do Brasil: de acordo com outro estudo da consultoria, com 5,2 mil profissionais do setor de tecnologia no país, 39% dos executivos relatam enfrentar o mesmo problema neste ano, contra 25% em 2024. A pressão por especialistas tem elevado os salários devido a demanda por profissionais com habilidades em IA que cresce 21% ao ano.

Somente 4 dos 10 maiores emissores globais entregaram metas climáticas

A menos de dois meses da COP30 em Belém do Pará, apenas 54 países entregaram suas metas climáticas (NDCs), menos de um terço dos membros signatários da ONU. Apenas quatro dos 10 maiores emissores globais entregaram suas NDCs, ao mesmo tempo que são responsáveis por cerca de 65% dos gases poluentes emitidos na atmosfera. As entregas vieram da China, Estados Unidos, Brasil e Japão, mas os compromissos ainda são considerados insuficientes para manter o 1.5ºC do Acordo de Paris vivo, enquanto a Índia, União Europeia, Rússia, Indonésia, Irã e Coreia do Sul ainda são esperados antes da conferência climática. O cenário é ainda mais preocupante quando se avalia a qualidade das metas entregues. No caso da China, a ciência recomenda uma redução mínima de 30% em suas emissões para limitar o aquecimento global. O país asiático lidera o ranking de poluidores com 25% das emissões globais, seguido dos Estados Unidos (11%). A China se comprometeu a reduzir de 7 a 10% das emissões até 2035, mas decepcionou pela falta de ambição.

Plano para integrar os mercados de carbono do mundo

O governo brasileiro pretende apresentar na COP30 um plano para integrar os mercados de carbono do mundo. O objetivo é criar uma coalizão com a participação voluntária de países ou blocos com o objetivo inicial de substituir taxações de fronteira unilaterais como o CBAM, da União Europeia, que entra em vigor em janeiro. Como aconteceu com o fundo de florestas TFFF há dois anos, o conceito será descrito em linhas gerais em Belém para buscar a adesão de outros países e avançar em um desenho prático. Essa coalizão estabeleceria inicialmente um preço comum de carbono para quatro setores da indústria responsáveis por cerca de 20% das emissões globais de gases estufa: aço, alumínio, cimento e fertilizantes. A iniciativa poderia multiplicar por sete a redução de gases lançados na atmosfera por esses quatro setores, em comparação com as políticas atuais, de acordo com um estudo realizado por economistas das universidades Harvard e MIT. A ideia está alinhada aos objetivos da Convenção do Clima, ou UNFCCC, mas não faz parte da agenda oficial de negociações da COP nem depende da aprovação unânime dos países que a integram para existir.

Brasil: estudo revela que independência é motor do empreendedorismo

No Brasil, a principal motivação para empreender não é mais apenas a necessidadeSegundo a pesquisa Rota do E-commerce, 39% dos empreendedores iniciam negócios buscando independência financeira. Essa motivação supera fatores como realização pessoal (27%) e identificação de oportunidades de mercado (24%). Outro fator apontado, em menor escala, é a necessidade de complementar renda (9%). Outro ponto de destaque é o perfil de quem está à frente desses negócios digitais: 51% são mulheres e 61% têm ensino superior ou pós-graduação, indicando que o empreendedorismo no país está mais diverso e qualificado. Esse amadurecimento reflete não apenas na gestão dos negócios, mas também na visão de longo prazo, em que independência se conecta a propósito e conhecimento. O estudo mostra ainda que 45% dos empreendedores já estão no mercado há mais de cinco anos, demonstrando consistência nas operações. Em termos de faturamento, 40% registram receita mensal entre R$ 10 mil e R$ 50 mil, enquanto 9% ultrapassam a marca de R$ 100 mil. Esses números reforçam a importância das pequenas e médias empresas (PMEs) para a economia nacional.

O teste de realidade para o hidrogênio verde

O hidrogênio é visto como uma possível solução para a transição energética, com potencial para descarbonizar indústrias como a agricultura, a química, a aviação e o transporte marítimo. No entanto, a produção de hidrogênio de baixas emissões enfrenta desafios significativos, com a Agência Internacional de Energia (AIE) reduzindo suas previsões de produção até 2030. Em 2025, a estimativa de produção anual caiu para 37 milhões de toneladas métricas, bem abaixo das projeções anteriores de 49 milhões de toneladas. A revisão é resultado de vários cancelamentos de projetos de eletrólise e captura de carbono, que afetaram a expansão da tecnologia nas Américas, Europa e outras partes do mundo. Apesar dos contratempos, a China continua liderando a produção de hidrogênio limpo, respondendo por 65% da capacidade de eletrólise instalada globalmente e fabricando 60% dos eletrólisadores. A vantagem chinesa se deve, em parte, aos custos reduzidos na fabricação desses dispositivos. A China está a caminho de produzir hidrogênio verde de forma competitiva até o final da década, colocando o país na vanguarda do mercado de hidrogênio, com um impacto significativo na indústria global de energia limpa.

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Extraído, inspirado e adaptado de conteúdo da Internet

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