Percepções Sustentay – 27/09/2025
setembro 27, 2025
Percepções Sustentay apresenta notas rápidas e variadas sobre governança, estratégia, sustentabilidade, tecnologia e equilíbrio. São pequenas notícias que, juntas, constroem um panorama abrangente de ideias, insights, informações e observações relevantes. Hoje os retalhos de percepções abordam: Mercado de trabalho abre espaço para neurodivergentes criativos; Resiliência em saúde climática para proteger funcionários; Geração Z está aderindo ao “reverse catfishing”; Maioria dos líderes e profissionais usam remédios para lidar com saúde mental; e Estudo aponta que o mundo se fasta da meta 1,5°C.
Estudo aponta que o mundo se fasta da meta 1,5°C
A produção de combustíveis fósseis esperada em 2030 é 120% maior do que seria compatível com o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5°C em comparação com o período pré-industrial. O volume ainda seria 77% maior quando se leva em conta um aumento de temperatura de 2°C. Essa é a principal conclusão do Production Gap Report, que faz uma análise da produção planejada de combustíveis fósseis de 20 países responsáveis por 80% da oferta global, entre eles o Brasil. A lacuna entre os volumes projetados com o que seria compatível com as metas de Paris aumentou desde a última avaliação, realizada em 2023. Para que os compromissos acordados sejam atingidos, o mundo vai precisar de reduções muito mais rápidas e acentuadas. No Brasil são destaques positivos os anúncios da Política Nacional de Transição Energética e do Programa de Aceleração da Transição Energética, além do compromisso expresso peranta a ONU de reduzir emissões entre 59% e 67% até 2035. Entretanto, O mundo segue caminhando no sentido contrário da decisão adotada na COP28, em Dubai, que estabeleceu a necessidade de uma transição que se afaste dos fósseis. Somente seis países estão alinhando sua produção doméstica de combustíveis fósseis às metas de emissões líquidas zero, um avanço em relação aos quatro países do relatório anterior.
Maioria dos líderes e profissionais usam remédios para lidar com saúde mental
52% dos líderes e 59% dos liderados recorrem a psicofármacos para lidar com estresse, ansiedade e burnout. O uso de medicamentos psiquiátricos para lidar com estresse, ansiedade e burnout mais do que dobrou no Brasil no último ano, segundo uma pesquisa realizada pela The School of Life, organização global dedicada ao desenvolvimento da inteligência emocional, em parceria com a consultoria Robert Half. Entre líderes, o salto foi de 18% em 2024 para 52% em 2025; entre liderados, de 21% para 59%. “Essa escalada indica que o sofrimento emocional não se restringe a um nível ou perfil específico, tornando-se uma questão generalizada no ambiente corporativo”, afirma Maria Sartori, diretora de mercado da Robert Half. Entre os fatores que mais afetam a saúde mental dos profissionais, estão sobrecarga de trabalho (37%), pressão excessiva por resultados (33%) e conflitos interpessoais (31%). A pesquisa mostra que diagnósticos de estresse, ansiedade e burnout atingiram 27% dos líderes e 26% dos liderados no último ano.
Geração Z está aderindo ao “reverse catfishing”
Na contramão da cultura da performance, a Geração Z tem adotado o “reverse catfishing”, uma prática que consiste em se apresentar de forma mais autêntica, modesta e menos idealizada nas redes sociais e aplicativos. O movimento, que surgiu no universo dos relacionamentos online como resposta ao cansaço digital e à superficialidade das interações, ganha força também no ambiente profissional. Em vez de criar personas altamente polidas, jovens profissionais estão optando por mostrar suas vulnerabilidades, preferências reais e individualidade como diferencial de valor. Essa valorização da transparência ressoa com uma mudança mais ampla nas expectativas do mercado de trabalho. Em um cenário onde diversidade, saúde mental e conexão humana são pautas centrais, empresas que promovem um ambiente acolhedor, no qual as pessoas não precisam performar perfeição, se tornam mais atrativas. O “reverse catfishing”, nesse sentido, é também um reflexo da busca por culturas organizacionais menos artificiais, mais humanas e verdadeiramente inclusivas.
Resiliência em saúde climática para proteger funcionários
Os riscos à saúde causados pelo clima podem custar à economia global US$ 1,5 trilhão em perdas de disponibilidade de trabalhadores até 2050, afetando a alimentação e a agricultura, o ambiente construído e a assistência médica. Um novo relatório do Fórum Econômico Mundial com o Boston Consulting Group (BCG), Construindo resiliência econômica aos impactos da mudança climática na saúde, mostra que uma ação precoce pode proteger os funcionários e desbloquear o crescimento. Os setores da linha de frente são os que correm maior risco. A agricultura pode perder US$ 740 bilhões em produção, o meio ambiente construído, US$ 570 bilhões em produtividade, e a saúde, US$ 200 bilhões. As empresas podem responder protegendo os funcionários, melhorando a resiliência da infraestrutura e ampliando soluções de saúde climática, como medicamentos estáveis ao calor e produtos de seguro personalizados. Investir em resiliência em saúde não é apenas gestão de riscos; é uma oportunidade estratégica para proteger comunidades e impulsionar o crescimento a longo prazo.
Mercado de trabalho abre espaço para neurodivergentes criativos
O mercado tem se mostrado cada vez mais receptivo a profissionais neurodivergentes, como pessoas com autismo, TDAH ou deficiência intelectual, especialmente em áreas criativas como identidade visual, design gráfico e ilustração. De acordo com especialistas em diversidade, empresas que abraçam essas contratações não apenas promovem inclusão, mas também se beneficiam de entregas inovadoras e soluções visuais únicas. Ainda assim, a inclusão efetiva exige preparo; é preciso rever formatos de gestão, capacitar lideranças e criar ambientes acessíveis a diferentes perfis cognitivos. Segundo dados do Censo Demográfico 2022, há mais de 2,4 milhões de brasileiros com diagnóstico de TEA e cerca de 2,6 milhões com deficiência intelectual. Esse contingente representa um imenso potencial criativo e inovador que, quando acolhido, impacta positivamente tanto a cultura organizacional quanto a percepção externa da marca. Ao dar espaço a esses talentos, as empresas não apenas se tornam mais diversas, mas também mais competitivas e preparadas para os desafios contemporâneos.
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Extraído, inspirado e adaptado de conteúdo da Internet
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