Percepções Sustentay  – 03/05/2025

Percepções Sustentay apresenta notas rápidas e variadas sobre governança, estratégia, sustentabilidade, tecnologia e equilíbrio. São pequenas notícias que, juntas, constroem um panorama abrangente de ideias, insights, informações e observações relevantes. Hoje os retalhos de percepções abordam: mulheres no mercado de trabalho incrementa crescimento econômico; apoio à ação climática surpreende; melhorAR deixa transporte rodoviário mais sustentável; pioneirismo e exemplo na logística reversa; e desperdício de alimentosé responsável por 10% das emissões globais.

Desperdício de alimentos: responsável por 10% das emissões globais

Globalmente, 40% dos alimentos produzidos nunca são consumidos. Enquanto isso, 1 em cada 5 crianças não tem o suficiente para comer diariamente. No Sul Global, as perdas acontecem no início da cadeia de suprimentos — durante a colheita, o processamento e o transporte. No Norte Global, a maior parte dos alimentos é desperdiçada em lares, indústrias e cozinhas profissionais. No total, o desperdício de alimentos é responsável por 10% das emissões globais e esgota enormemente os recursos, seja água doce, terra ou biodiversidade. Não se trata apenas de um desastre ambiental. Para as empresas, também significa desperdício de dinheiro: o desperdício de alimentos custa ao setor hoteleiro mais de US$ 100 bilhões anualmente.

Pioneirismo e exemplo em logístiva reversa

Presente em 156 municípios brasileiros, o programa de logística reversa Mãos pro Futuro reúne cerca de 200 empresas e beneficia diretamente mais de 6 mil catadores e profissionais da reciclagem. O programa foi criado pela ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) em 2006, quatro anos antes de ser estabelecida a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Na última década ele recuperou mais de 1 milhão de toneladas de embalagens – primeiro sistema do gênero a atingir essa marca.

Programa MelhorAR: transporte rodoviário mais sustentável

Portaria Nº 192, de 27 de fevereiro DE 2025 que institui, no âmbito do Ministério dos Transportes , o Programa MelhorAR, é iniciativa voltada à redução das emissões de poluentes atmosféricos provenientes do transporte rodoviário de cargas e passageiros. O programa propõe a implementação de avaliação veicular periódica, além de outras medidas regulatórias e institucionais para promover a sustentabilidade no setor de transportes. O Programa MelhorAR representa um avanço significativo na regulação ambiental do transporte rodoviário no Brasil, alinhando-se às diretrizes globais de sustentabilidade e combate às mudanças climáticas. Sua efetividade dependerá da integração entre os órgãos reguladores, do engajamento do setor de transportes e da implementação eficiente dos mecanismos de monitoramento e fiscalização.

Apoio à ação climática surpreende

Um estudo global publicado na Nature , que entrevistou quase 130.000 pessoas em 125 países, revelou uma lacuna significativa de percepção: enquanto 89% exigem ações climáticas mais enérgicas, muitos subestimam o apoio dos pares. Embora 69% dos entrevistados estejam dispostos a contribuir com 1% de sua renda para os esforços climáticos, eles acreditam que apenas 43% dos outros fariam o mesmo. O estudo também destaca uma maior disposição nos países mais pobres em comparação com os mais ricos, e um apoio notavelmente forte entre os cidadãos chineses, onde 97% defendem uma ação governamental mais intensa.

Mais mulheres no mercado de trabalho incrementa crescimento econômico

Pesquisa Women in Work Index 2025, da PwC, mostra que crescimento econômico está ligado a maior participação das mulheres no mercado de trabalho. De acordo com o estudo, a diferença salarial média entre homens e mulheres nos países da OCDE caiu de 14% em 2022 para 13,1% em 2023, e cada incremento de US$ 0,19 no PIB por hora trabalhada gerou em média US$ 4,5 bilhões extras ao ano para cada país. O estudo também projeta ganhos futuros expressivos: se o ritmo atual de avanço perdurar, até 2030 cada país da OCDE poderá acumular, em média, US$ 31,6 bilhões em produtividade adicional. Nos últimos 12 anos, todos os cinco indicadores que compõem o índice – desde a taxa de participação feminina até a disparidade salarial – obtiveram melhoria consistente, refletindo uma força de trabalho mais equitativa e inclusiva. Países como a Irlanda, que saltaram da 12ª para a 6ª posição no ranking global, exemplificam como a redução do fosso pode acelerar o progresso socioeconômico.

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