Percepções Sustentay  – 07/06/2025

Percepções Sustentay apresenta notas rápidas e variadas sobre governança, estratégia, sustentabilidade, tecnologia e equilíbrio. São pequenas notícias que, juntas, constroem um panorama abrangente de ideias, insights, informações e observações relevantes. Hoje os retalhos de percepções abordam: Fórmula 1: corrida com sustentabilidade; Sustentabilidade mais presente no mercado de trabalho; Brasil: jovens estão cada vez menos felizes e os mais velhos relatam maior bem-estar; IA está revolucionando a sociedade, mas seu impacto climático exige atenção estratégica; e A percepção de um ritmo lento das mudanças climáticas obscurece a urgência da crise climática.

Fórmula 1: corrida com sustentabilidade

A Fórmula 1 está implementando importantes medidas de sustentabilidade durante suas corridas europeias de 2025, utilizando cargas movidas a biocombustível, sistemas centralizados de energia renovável e combustível de aviação sustentável para reduzir as emissões. O Grande Prêmio da Emília-Romanha foi o primeiro a apresentar um paddock totalmente movido a energia renovável, reduzindo as emissões em até 90%. A frota de biocombustíveis da DHL reduziu as emissões relacionadas à logística em 83%, enquanto os carros de F2 e F3 agora funcionam com combustível 100% sustentável, abrindo caminho para a transição de combustível da F1 em 2026.

Sustentabilidade mais presente no mercado de trabalho

O avanço das mudanças climáticas e a busca por modelos econômicos mais sustentáveis vêm impulsionando uma nova demanda no mercado: os empregos verdes . Esses trabalhos estão diretamente ligados à criação de soluções que conciliem desenvolvimento econômico, proteção ambiental e justiça social. Não se trata apenas de atuar em áreas como energia renovável ou gestão de resíduos. Hoje, qualquer setor pode incorporar práticas sustentáveis e gerar impacto positivo. De acordo com estudos internacionais, o crescimento desses empregos é expressivo. No Brasil, mais de 1,5 milhão de profissionais atuam no setor de energia renovável, enquanto, globalmente, esse número chegou a 16,2 milhões em 2023. A tendência reflete não apenas a expansão da energia limpa, mas também a necessidade de profissionais preparados para os desafios da transição ecológica. Os empregos verdes estão em áreas como gestão de resíduos, consultoria ambiental, engenharia de energias renováveis, arquitetura sustentável, gestão de recursos hídricos, agricultura regenerativa, mobilidade urbana limpa, certificação ESG, educação ambiental e desenvolvimento de tecnologias sustentáveis. Mais do que uma tendência, os empregos verdes representam uma transformação profunda na forma como conquistamos, produzimos e nos relacionamos com o planeta.

Brasil: jovens estão cada vez menos felizes e os mais velhos relatam maior bem-estar

Um estudo buscou comparar a felicidade entre diferentes países. Orelatório feito por grandes instituições — incluindo Oxford e Gallup — definiu alguns critérios para quantificar a felicidade média da população anualmente. Os pesquisadores usaram dados de entrevistas feitas com cerca de 1.000 entrevistados por país, na qual analisam sua vida atual numa escala de 0 a 10. Além disso, eles usam variáveis baseadas em seis critérios: (i) renda per capita, (ii) expectativa de vida saudável, (iii) apoio social, (iv) generosidade,(v) liberdade e (vi) percepção de corrupção. A Finlândia foi, mais uma vez, o grande “país da felicidade”, seguido de Dinamarca, Islândia, Suécia e Holanda. Os únicos países das Américas que aparecem no TOP-10 são Costa Rica (6⁠º) e México (10⁠º). O Brasil avançou 8 posições e, agora, ocupa o 36º lugar, ultrapassando a Argentina (42º) e ficando atrás apenas do Uruguai (30º), além da Costa Rica e do México. Um dado curioso foi que os jovens estão cada vez menos felizes por aqui, enquanto os mais velhos relatam maior bem-estar — padrão que também acontece em boa parte dos outros países.

IA está revolucionando a sociedade, mas seu impacto climático exige atenção estratégica

Enquanto otimiza processos e cria empregos em novas áreas, o consumo elétrico de data centers pode pressionar redes e aumentar emissões. Para empresas comprometidas com ESG, o desafio é adotar IA sustentável: usar algoritmos eficientes, priorizar energia renovável e desenvolver políticas de governança que equilibrem inovação e responsabilidade ambiental. A tecnologia não é vilã, mas seu uso consciente será crucial para alinhar progresso digital com metas climáticas. O dilema estratégico está em equilibrar inovação tecnológica com responsabilidade climática, integrando governança robusta no desenvolvimento e aplicação dessas soluções. Setores como saúde e educação se beneficiam enormemente dos avanços, mas o custo oculto em megawatts precisa entrar na equação de tomada de decisão. A verdadeira disrupção acontecerá quando conseguirmos alinhar velocidade tecnológica com transição energética, criando modelos de IA que sejam tanto poderosos quanto sustentáveis.

A percepção de um ritmo lento das mudanças climáticas obscurece a urgência da crise climática

As pessoas não percebem uma mudança gradual em uma situação, mesmo quando essa mudança está levando a um resultado perigoso ou indesejável. Da mesma forma, a sociedade não consegue perceber a gravidade da crise climática porque a forma como os dados climáticos são apresentados altera seu impacto. O ritmo lento das mudanças climáticas e como os dados são apresentados obscurece a urgência da crise climática. Novas pesquisas sugerem que esse efeito pode ser neutralizado pela apresentação contínua de dados climáticos em termos simples de “ou isto ou aquilo”, o que, segundo os pesquisadores, pode ajudar a romper a apatia climática.

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Extraído, inspirado e adaptado de conteúdo da Internet

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